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Saúde Mental Materna Importa


O mês de maio chegou e com ele uma data especial: o dia das mães. Para nos lembrar daquela que nos gerou, nos deu a vida, que se preocupa se estamos bem, com saúde, se comemos, se nos agasalhamos para sair em um dia de frio...que cuidou e cuida de nós!


Sabemos que hoje às mulheres fazem jornadas duplas, triplas: muitas trabalham fora, cuidam da casa, dos filhos, se doam mais até do que é possível para que a vida continue nos trilhos, o que acaba gerando uma sobrecarga física, e principalmente, mental.


Toda mulher está suscetível a desenvolver transtornos mentais durante a gravidez e no puerpério, mas alguns fatores fazem com que se agravem mais: pobreza, estresse extremo, violência (doméstica, sexual e de gênero), baixo apoio social. E com isso vemos, cada vez mais, aumentar o número de casos de depressão, ansiedade e, infelizmente, suicídio entre as mães.

E se esses transtornos no período perinatal (que compreende desde a gravidez até o puerpério) não forem tratados adequadamente, os impactos serão ainda maiores, não só para a mulher em si, mas também para o desenvolvimento da criança, que acaba não tendo o suporte e cuidados necessários da figura materna. Estudo mundiais apontam que 3,7 mulheres se suicidam no pós parto, a cada 100.000 nascidos vivos.


Hoje temos uma romantização da maternidade: blogueiras que acabaram de ter filhos e já estão com a barriga sarada, unha feita, cabelo arrumado e sorrindo sempre! Mas é claro, estou com meu filho nos braços, que mais posso querer?


Porém quem já passou pelo puerpério sabe que nem sempre é assim. Nesse período a mãe precisa conhecer o bebê, seus comportamentos, aprender a cuidar dele, novas responsabilidades, um processo de adaptação constante, uma nova rotina na casa e na vida conjugal.


Além das mudanças hormonais, o que ocasiona episódios de tristeza, de falta de identidade muitas vezes, pois ela passa a se doar tanto para seu bebê, esquecendo das próprias necessidades, a tal ponto que pode desenvolver uma depressão pós parto.


E, sem conseguir dormir direito, sem ao menos dar conta de se reorganizar perante toda essa mudança, após um período curto de tempo, com o retorno da licença maternidade (quando há uma), ela se vê obrigada a voltar ao trabalho, muitas vezes sem ter com quem deixar seu filho, sem uma rede de apoio efetiva, que ao invés de ajudá-la e ampará-la, a critica por suas atitudes e decisões, o que a faz se sentir culpada e ainda mais enfraquecida emocionalmente.


E aí vem a pergunta: e quem cuida da mãe? Quem cuida de quem cuida??

Com essa finalidade foi criada a campanha "Maio Furta Cor", para lembrar que a Saúde Mental Materna importa!

A campanha visa políticas públicas de acesso à saúde, especialmente à saúde mental, ao cuidado, a rede de apoio, salários igualitários e divisão do trabalho doméstico. Pelo fim da violência de gênero, do racismo, do racismo indígena e da LGBTfobia em todas as formas.

E quem pode participar da Campanha? Todas as pessoas, empresas e instituições podem apoiar, seja participando das ações, promovendo palestras, doando seu tempo no cuidado com as mães, e/ou financeiramente. São ações gratuitas com foco na sensibilização da população para a causa da saúde mental materna.




Só é possível mudar o mundo cuidando de quem cuida de todo o mundo!


Faça parte da onda furta-cor!

www.maiofurtacor.com.br

@maiofurtacor


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